quinta-feira, 23 de abril de 2009

A FALA E O FALO

No fundo tudo se resume na maneira de se combinar as ínfimas 26 letrinhas do alfabeto, comentou oportunamente o psicanalista, o que causou ótimos efeitos no meu alívio já disposto.

É que os discursos dependem da empáfia pra serem o que são e pra causar os efeitos que causam. Há que se considerar os deleites que nos proporcionam as palavras. Mas também a inutilidade que carregam potencialmente. E muito o poder de destruição.

Estão pessoas a trocar os supostos saberes enfeitando-os de grandeza, a levantar polêmicas, a criticar. Alguns compulsivamente, tanto, que perderam o humor e alguma simplicidade.

Sim, os ditos precisam ser ditos, especialmente se bem falados pra provocar boa escuta. O que sobra e muito, são alguns enfeites muito intelectuais, porque os genuinamente poéticos são bem vindos e melhoradores da vida.

Assim como as imagens que absorvemos com a alma através dos olhos. Ou das sutilezas que só o coração escuta através dos ouvidos. E o tato e as sensações. Penso que todos derivados do amor.

Se tivessem as pessoas humor e boa vontade. Se tivessem menos vaidades e discursos.

Se as palavras não fossem perniciosas e arrogantes.

Ando cansada de certas falas empinadas como falos devoradores.

(que os falos libertados das implicações morais e sociais são adoráveis fontes de prazer)

http://www.lelenalucas.blogspot.com/

2 comentários:

Lelena Lucas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lelena Lucas disse...

Então meu texto veio parar aqui!
Bacana, pessoal!
Beijos múltiplos.
(exclui o primeiro comentário porque saiu uma palavra errada)